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gaguez

Dia internacional de Consciencialização para a gaguez 2022

Assinala-se dia 22 de outubro o Dia Internacional de Consciencialização para a Gaguez. A data começou a ser assinalada em 1998 e foi escolhida pela International Fluency Association (IFA) e pela International Stuttering Association (ISA). Por todo o mundo, associações de gaguez, pessoas e grupos de autodefesa organizam iniciativas com o objetivo de promover a sensibilização e consciencialização da sociedade para a questão da gaguez e das dificuldades com que os gagos se vêm deparados no dia-a-dia. A Associação Portuguesa de Gagos é desde 2011 membro da European League of Stuttering Associations.

A gaguez afeta cerca de 70 milhões de pessoas no mundo e em Portugal estima-se que haja 100.000 pessoas com gaguez.

A gaguez, disfluência ou tartamudez é mais frequente no homem (4 homens para 1 mulher) e contrariamente ao que se pensava não aparece com sustos ou perturbações emocionais. A investigação aponta para alterações neurológicas, linguísticas e psicossociais, por isso não adianta pedir para que a pessoa com gaguez se acalme, respire fundo ou se concentre.

Por volta dos 3 anos é comum a criança gaguejar pois o seu sistema neurolinguístico encontra-se em maturação e o pensamento é mais rápido que a capacidade fonoarticulatória. Esta disfluência infantil, por norma desaparece em menos de um ano. No entanto, se persiste e passa a ser associada com tiques, deve ser consultado um terapeuta da fala que poderá orientar e ajudar. O objetivo é sempre melhorar a competência comunicativa e não terminar com a gaguez. Comunicar é mais do que falar sem hesitações, mas sabemos que a gaguez, se não for alvo de intervenção, deteriora a capacidade comunicativa e a competência de relacionamento interpessoal. Dificuldades a estes níveis dificultam o sucesso escolar e a inserção social pelo que prevenir o agravamento da disfluência é fundamental.


Ficam algumas orientações (Largo, 2011) de como interagir com alguém que tenha gaguez:

  • Mantenha um contacto ocular natural, durante os momentos de gaguez;
  • Espere, de forma natural e paciente que a criança acabe;
  • Não termine as frases nem diga as palavras por ela;
  • Deixe a criança perceber, pelos comportamentos e ações, que está centrado no que ela diz e não na forma como diz;
  • Não mostre desconforto ou piedade por alguém que gagueja.

 

Consultar também:
Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala
Associação Portuguesa de Gagos